Relação entre deficiência de aprendizagem e função executiva.
por Rubia Landi
A função
executiva do cérebro pode ser explicada como um conjunto de habilidades do
sujeito que funcionam de forma integrada e ajudam a ordenar os comportamentos
frente a um objetivo ou meta a ser alcançada, elegendo estratégias adequadas e
eficientes, abrangendo todas as habilidades mentais. Para a neuropsicologia a função
executiva inclui fenômeno de flexibilidade cognitiva e tomadas de decisão, que
estão intimamente ligadas a capacidade de adaptar-se a mudanças conforme
necessidade, manejar ideias para resolução de situação problemas.Os estudos
mostram que a função executiva está ligada ao córtex pré-frontal que pode ser
considerado o centro executivo do cérebro.Sua importância deve-se ao fato de agir
na integração temporal das ações necessárias para efetivação das metas.
O processo
de aprendizagem é o fruto da interação entre as estruturas mentais e ações do
meio, estabelecendo conexões entre as memórias já produzidas e as informações
vindas de estímulos externos, provocando, assim, uma mudança de comportamento.
Compreende-se então, que os conhecimentos são construídos e reconstruídos
dinamicamente, já que os sujeitos estão em constante movimento mental e
interação interpessoal. Sendo assim, não é justificável pensar em um sujeito
que não aprende. Podemos aventar que a dificuldade em aprender, ou déficits de
aprendizado, possa estar intimamente
ligados a déficits executivos. É preciso investigar de onde vem a dificuldade, o
que atrapalha o sujeito em utilizar o que aprendeu. É preciso avaliar se há
falhas na função executiva. As falhas podem ocasionar problemas de auto
controle, de planejamento, podem estar relacionadas a memória de trabalho, a
dificuldade em utilizar as informações apreendidas em situações novas, a
atenção ou até mesmo no controle inibitório (capacidade em inibir respostas
inadequadas, pensar antes de agir).
A avaliação neuropsicológica e psicopedagógica pode auxiliar na identificação desses déficits executivos.
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